Feira de Livros 2008 - Memorial de Curitiba - Largo da Ordem
Apresentação do Quarteto de Cordas
Instalação Machado de Assis, da artista Mariana Branco
No conto de 1871, Mariana é uma escrava, enamorada do senhor da casa, que se suicida ante a impossibilidade desse amor. A Mariana negra surge na escrita como uma moça obediente para depois, transformar-se em uma cativa incontrolável.No conto de Várias Histórias, Mariana é uma mulher branca, casada, que tem uma relação extraconjugal e que, ao ser abandonada pelo amante, tenta suicidar-se, mas é salva pela mãe. A Mariana branca, em um início, é uma mulher revoltada, que quebra o voto do matrimônio, mas ao final, converte-se em esposa exemplar.Ambas compartilham a metamorfose do eu, mas em sentido inverso. As duas narrativas têm como eixo principal, pelo menos na parte superficial, o que se poderia denominar na época, uma relação "amorosa imprópria".Jogo dialético com respeito às personagens: branca/negra, livre/cativa, subordinação/ insubordinação e vida/morte.O narrador do conto Mariana, de 1871, apresenta dois personagens marcados pela emoção; em contraposição, o narrador do conto Mariana, de Várias Histórias, mostra dois seres marcados pela razão.A ambivalência no plano psicológico se produz, também, na construção da imagem de Mariana.Jogo dialético que cimenta a arquitetura textual: conhecido/desconhecido, emocional/racional, ilusão/desilusão, ficção/realidade.As duas histórias são como dois pólos opostos unidos pela força de contrários.Os romances machadianos, "como um todo, pretendem transmitir grandes e importantes verdades históricas". Ao retirar a máscara do fracasso amoroso, tem-se que a primeira história esconde/expõe o tema da escravidão e a segunda esconde/expõe o drama da Monarquia e a República.A história individual encerra o drama nacional .
Apresentação do Quarteto de Cordas
Instalação Machado de Assis, da artista Mariana Branco
No conto de 1871, Mariana é uma escrava, enamorada do senhor da casa, que se suicida ante a impossibilidade desse amor. A Mariana negra surge na escrita como uma moça obediente para depois, transformar-se em uma cativa incontrolável.No conto de Várias Histórias, Mariana é uma mulher branca, casada, que tem uma relação extraconjugal e que, ao ser abandonada pelo amante, tenta suicidar-se, mas é salva pela mãe. A Mariana branca, em um início, é uma mulher revoltada, que quebra o voto do matrimônio, mas ao final, converte-se em esposa exemplar.Ambas compartilham a metamorfose do eu, mas em sentido inverso. As duas narrativas têm como eixo principal, pelo menos na parte superficial, o que se poderia denominar na época, uma relação "amorosa imprópria".Jogo dialético com respeito às personagens: branca/negra, livre/cativa, subordinação/ insubordinação e vida/morte.O narrador do conto Mariana, de 1871, apresenta dois personagens marcados pela emoção; em contraposição, o narrador do conto Mariana, de Várias Histórias, mostra dois seres marcados pela razão.A ambivalência no plano psicológico se produz, também, na construção da imagem de Mariana.Jogo dialético que cimenta a arquitetura textual: conhecido/desconhecido, emocional/racional, ilusão/desilusão, ficção/realidade.As duas histórias são como dois pólos opostos unidos pela força de contrários.Os romances machadianos, "como um todo, pretendem transmitir grandes e importantes verdades históricas". Ao retirar a máscara do fracasso amoroso, tem-se que a primeira história esconde/expõe o tema da escravidão e a segunda esconde/expõe o drama da Monarquia e a República.A história individual encerra o drama nacional .
Video-Leitura: personagens paranaenses
Criação de Ana Lesnovski e Eduardo Baggio
Uma experiência de leitura em forma de vídeo. Personagens da literatura paranaense povoam um cubo de projeções de vídeo. Rodeados por textos, sons e imagens, os visitantes podem não apenas ler, mas entrar , literalmente, em suas histórias. A experiência do vídeo busca o caminho da leitura e da imaginação, criando um espaço em que personagens de diferentes narrativas entram em contato, convidando o espectador para uma história nova, que fala da literatura paranaense mas, acima de tudo, fala sobre o ato de ler.
Criação de Ana Lesnovski e Eduardo Baggio
Uma experiência de leitura em forma de vídeo. Personagens da literatura paranaense povoam um cubo de projeções de vídeo. Rodeados por textos, sons e imagens, os visitantes podem não apenas ler, mas entrar , literalmente, em suas histórias. A experiência do vídeo busca o caminho da leitura e da imaginação, criando um espaço em que personagens de diferentes narrativas entram em contato, convidando o espectador para uma história nova, que fala da literatura paranaense mas, acima de tudo, fala sobre o ato de ler.
Um comentário:
Maravilhosas instalações.
Kris_KK
Postar um comentário